Analisando anticorpos com precisão: o papel das técnicas modernas na biofarmacêutica

Foto: Polina Tankilevitch/Canva Equipes
Os anticorpos monoclonais (mAbs) são proteínas produzidas em laboratório que interagem de forma direcionada a antígenos específicos no combate a doenças. Esses medicamentos podem apresentar pequenas variações em sua estrutura, chamadas micro-heterogeneidades, geralmente decorrentes de modificações pós-traducionais (PTMs). Essas alterações, que ocorrem após a síntese da proteína, podem impactar sua estabilidade, eficácia terapêutica e segurança.
Amplamente utilizados no tratamento de câncer, doenças autoimunes e outras condições graves, os mAbs lideraram o faturamento global da indústria biofarmacêutica em 2022, segundo dados do relatório “Global Monoclonal Antibodies Market Size & Share Report, 2023-2030” da Grand View Research e do Statista Research Department (Global biopharmaceuticals market size 2022–2032).
Para garantir a qualidade desses medicamentos, é essencial utilizar técnicas analíticas de alta resolução. Uma das mais eficientes é a eletroforese capilar (CE), que permite a separação rápida e precisa das moléculas com baixo consumo de amostras. Quando combinada à espectrometria de massas (MS), na abordagem conhecida como CE-MS, torna-se possível identificar alterações estruturais sutis e pontos críticos de degradação.
Esse é o foco da pesquisa de Letícia Gaiola, orientada pelo professor Emanuel Carrilho, ambos do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP). No dia 20 de agosto, a pesquisadora apresentará um seminário detalhando a aplicação da técnica CE-MS na caracterização de PTMs em mAbs e seus benefícios frente a métodos tradicionais.
Agende:
“Eletroforese Capilar na Indústria Biofarmacêutica: Análise e Caracterização de Modificações Pós-Traducionais em Anticorpos Monoclonais”
20/08/2025, às 15h
Anfiteatro “Prof. Edson Rodrigues” – térreo do edifício Q1 do IQSC-USP
Av. Trabalhador São-carlense, 400 – área 1
Inscrições: no site do IQSC
Haverá emissão de certificados. Evento aberto ao público.
por Sandra Zambon/IQSC com informações de Letícia Gaiola

