Estudantes são reconhecidos por pesquisas inovadoras na etapa internacional do Seminário, realizada em São Paulo

Cinco estudantes do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP foram reconhecidos com Menção Honrosa na etapa internacional do 32º Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP (SIICUSP), realizada nos dias 26 e 27 de março de 2025, em São Paulo. A premiação destaca a qualidade dos projetos desenvolvidos durante a graduação e reforça o papel da unidade na formação de jovens pesquisadores.

Entre os premiados está Cauê Arantes Wagner Zuccarino, orientado pelo professor Roberto Gomes de Souza Berlink, cujo trabalho explorou substâncias naturais produzidas por pequenos organismos marinhos encontrados no litoral de São Paulo, com potencial aplicação nas áreas de biotecnologia e farmacologia.

A estudante Isadora Muriana de Area Lima Pereira, orientada pela professora Laís Canniatti Brazaca, desenvolveu biossensores que podem ser usados sobre a pele e ajudam a identificar sinais do corpo, sem precisar de exames invasivos — uma tecnologia promissora para diagnósticos médicos.

Jéssica Ribeiro da Silva, sob orientação do professor Antonio Carlos Bender Burtoloso, foi reconhecida por desenvolver uma forma mais sustentável de produzir certos tipos de plásticos, usando matérias-primas de origem vegetal, que podem ser aplicados na indústria.

Também recebeu a honraria Mariana Lima Ferreira dos Santos, orientada pelo professor Emanuel Carrilho, por sua pesquisa sobre a formação de barreiras celulares intestinais em dispositivos do tipo organ-on-a-chip. Esses sistemas miniaturizados replicam, em laboratório, a fisiologia de órgãos humanos ao criar modelos em chips com células e tecidos vivos, organizados para imitar a estrutura e o funcionamento de órgãos específicos. A pesquisa utilizou ensaios de permeabilidade celular — uma metodologia inovadora dentro dos estudos em biotecnologia.

Mariana Oliveira Tavares, orientada pelo professor Júlio César Borges, foi contemplada pela pesquisa que estudou uma proteína chamada HSPA5 (também conhecida como BIP), que está presente no retículo endoplasmático das células humanas. Os cientistas queriam entender como certos agrupamentos dessa proteína (chamados de complexos supramoleculares, ou CSMs) se comportam em diferentes condições químicas. O estudo mostrou que os CSMs da HSPA5 mudam seu comportamento de acordo com o ambiente químico, o que pode influenciar como a proteína funciona dentro das células.

Por Sinara Martins, da Fontes Comunicação Científica

Atualizado em 13/05/2025