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Dia da Árvore: Homenagem aos seres vivos mais antigos do planeta

21 de setembro – Dia da Árvore

A comemoração do dia da árvore é uma oportunidade para lembrar a importância do ser vivo que se desenvolveu no planeta há mais de 400 milhões de anos.

As árvores exibem um sistema vascular altamente eficiente que é resultado de um lento processo evolutivo. Pertencem ao reino Plantae e são organismos eucarióticos fotossintéticos. Utilizam sistemas enzimáticos complexos para a conversão, catalisada pela luz solar, de dióxido de carbono e água em açúcares. Uma vez produzido, os açúcares simples são a matéria prima para a produção dos demais compostos necessários para seu desenvolvimento, com destaque para os polissacarídeos amido (reserva nutritiva) e celulose (estruturação do tecido vegetal).

O estabelecimento da civilização contou desde o seu início com a participação das árvores. Desde cedo o homem encontrou na madeira seu primeiro combustível e a matéria prima para construção de abrigos e de diversos utensílios. Após a invenção do papel pelos chineses há mais de 2.000 anos, o uso da madeira se intensificou como fonte de produtos químicos, como o alcatrão, breu e, mais recentemente, com os derivados de celulose amplamente empregados pela indústria farmacêutica, de cosméticos e de alimentos.

Em se tratando de comemorar o dia da árvore, devemos também destacar o fato de que vários indivíduos da espécie permanecem vivos por milhares de anos. O aniversariante mais velho conta atualmente com mais de 5.000 anos e seu “nome” traduz esta longevidade: Pinus longaeva, localizada nas Montanhas Brancas (Califórnia – Estados Unidos). Sua irmã mais nova, chamada “Matusalém”, já completou mais de 4.800 anos de idade.

O dia da árvore deve ser comemorado não apenas para lembrar e homenagear o aniversariante, mas para promover uma reflexão com os cuidados que devemos ter com as florestas nativas e com o uso consciente das florestas plantadas para uso industrial/comercial.

Professor Antonio Aprigio da Silva Curvelo
IQSC/USP – Grupo de Físico-Química Orgânica

 

 

Algumas das árvores das áreas 1 e 2 do campus USP São Carlos, na região do IQSC

Fotos: Sandra Zambon/IQSC

Notícia cadastrada por Sandra Zambon
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