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Professor da USP tira dúvidas sobre os testes de COVID-19 em farmácias

Foto: Cesar Lopes – PMPA

No final do mês de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que farmácias e drogarias apliquem testes rápidos de COVID-19, capazes de indicar se uma pessoa teve contato com o novo coronavírus através da detecção de anticorpos em amostras de sangue do indivíduo. De acordo com a Agência, a medida tem caráter temporário e excepcional, e busca ampliar a oferta e a rede de testagem, além de reduzir a alta demanda em serviços públicos de saúde durante a pandemia. 

Esses testes, no entanto, são apenas ferramentas de auxílio no diagnóstico da doença, ou seja, não possuem caráter confirmatório. Além disso, os dispositivos utilizados para sua realização variam de acordo com o fabricante, exigindo que diferentes metodologias de análises sejam adotadas durante a aplicação dos testes, o que pode gerar confusão no momento de interpretar os dados e na tomada de decisão por parte das autoridades de saúde.  

Para tratar sobre o tema, conversamos com o professor Frank Crespilho, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, que comentou, entre outros assuntos, sobre o grau de confiabilidade desses testes, os cuidados que devem ser tomados na leitura dos resultados, qual a influência dos limites de detecção no diagnóstico, além de contar se considera adequado aplicar esse tipo de procedimento em farmácias e drogarias. Confira, abaixo, a entrevista completa. 

1 – Como funcionam os testes rápidos de COVID-19 que foram autorizados pela Anvisa para aplicação em farmácias e drogarias? 

 

2 – Esses testes são confiáveis?

 

3 – O que são os famosos limites de detecção?

 

4 – Qual a diferença entre o teste em si (dispositivo) e as metodologias empregadas durante a testagem?

 

5 – Os diferentes tipos de metodologia para a realização dos testes podem gerar algum tipo de confusão para os profissionais de saúde e, consequentemente, comprometer a tomada de decisão?

 

6 – Se uma pessoa que teve COVID-19 sem sintomas não possuir a quantidade mínima necessária de anticorpos para detecção, ela corre risco de passar despercebida? 

 

7 – Você considera adequada a aplicação de testes rápidos em farmácias e drogarias?

 

Sobre o entrevistado: Frank Nelson Crespilho é professor do IQSC, coordenador do Grupo de Bioeletroquímica e Interfaces do Instituto e vice-coordenador do Instituto de Estudados Avançados (IEA) da USP – Polo São Carlos. É especialista na área de Biodispositvos, com pós-doutorado na Universidade Harvard e no Instituto de Tecnologia da Califórnia (CALTECH).

 

Texto e entrevista: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do IQSC/USP

 

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